sábado, 28 de junho de 2008

Capítulo 16 – Assassinato

Roni me surpreendeu agindo de forma totalmente calma a minha confissão.
_ Porque, Helena? Porque esconder isto todo estes anos?
Então eu terminei de confessar tudo
_ Eu tive medo. Você ficou muito tempo fora praticamente uns sete meses. Eu me apeguei ao Téo e quando eu menos percebi, eu estava totalmente apaixonada por ele. Um pouco antes de você voltar para casa, ele me pediu em casamento. Mas, eu não tive coragem, eu tive medo dos meus pais, da sociedade, de você me tirar o Leo. Então, ele foi embora e nós nunca mais nos vimos até o velório do seu pai.
_ Você não contou a ele que você estava grávida? _ Eu não sabia. Eu só fui descobrir alguns dias depois da sua volta. Eu fiquei totalmente perdida, eu tentei procurar o Téo; mas ele havia simplesmente desaparecido, eu pensei em fazer um aborto; mas eu amava tanto o Téo. Que eu me permiti já que eu não podia ficar com ele, ter um pedacinho dele comigo para sempre. E foi isto! _ Eu até entendo, Helena. Mas, e depois? Quando vocês voltaram a namorar? O Téo conviveu quase a vida toda com a filha e ela com ele sem saber do laço que os une. Como você foi capaz de tamanha crueldade? _ Eu pensei em contar, mas eu tive medo.
_ Medo do que? Nós nem estávamos mais casados.
_ Eu tive medo da reação do Téo da Julinha.
_ Não justifica tamanha crueldade. Você preferiu ver sua filha sofre, a lhe confessar toda a verdade?
_ Que exagero, Roni! É só um amor adolescente, com certeza vai passar.
_ Pode até ser! Mas, você não tinha o direito. E foi muita crueldade sim. Mas, o bom é que tudo ficará esclarecido de hoje em diante.
_ Como assim?!?
_ Não pensa você que eu não vou contar anda a eles. Julinha e Téo tem que saber, se você não contar eu conto.
_ Não Roni, por favor! Não faça isto comigo, eles vão me odiar, por favor!!!
_ Eles tem que saber Helena. Não é justo.
_ Eu não estou em sentindo bem. Eu preciso de uma bebida.
_ Eu acho que eu também preciso de uma.
_ Eu vou fazer uma batida de morango com rum para a gente.
Então nós fomos para a cozinha e eu fui preparar nossa batida. Eu tinha que pensar rápido em uma saída, e eu não via opção a não ser uma. Aproveitando a distração do Roni que observava nossa seleção de vinhos. Eu coloquei um velho conhecido meu na bebida. Servi a bebida, fiz de conta que eu tomava, enquanto o Roni se servia. Ele voltou a observar os vinhos, mas não tomava a bebida.
_ Vocês tem uma seleção muito boa aqui. Você pretende levar tudo para França?
_ Só alguns, eu posso te dar de presente se você quiser.
Então ele bebeu... ... e de imediato começou a passar mal.
_ Eu não estou conseguindo respirar, Helena por favor me ajude!
_ Fica tranqüilo, logo passa. _ Você não está entendendo, eu estou ficando sem ar. Chame logo a emergência. _ Você que não está entendendo, Roni. Daqui a alguns instantes, você estará morto. Assim como sua mãe. A voz do Roni agora não passava de um sussurro.
_ Minha mãe?!? Você matou minha mãe???
_ Matei Roni, igualzinho eu estou te matando. Ninguém mandou vocês se meteram na minha vida!!! _ Você, você, você ainda vai pagar muito caro por isto. Você verá!!! _ O que você vai fazer, voltar do inferno para me assombrar? Estou morrendo de medo, rsrsrsrsrs. Então Roni caiu mortinho em minha cozinha. Eu não queira fazer isto. Mas, Roni não me deu muita escolha.
O importante é que agora meu segredo estava salvo para sempre.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Capitulo 15 – O Segredo Revelado – Parte II

Depois disto não demorou muito para o Roni me procurar para tirar esta história a limpo.
Quando ele chegou em casa eu tive certeza eu meu segredo estava a um passo de ser revelado.
_ Helena, o Téo e você tiveram um caso quando nós morávamos em NY?
_ Que pergunta mais absurda é esta agora Roni?!?
_ Só quero uma resposta sincera, vocês tiveram ou não um caso?
_ Não sei no que isto possa te interessar agora! Faz tantos anos; você casou, eu me casei novamente. E além do que, você não é mais meu marido para me cobrar satisfação.
_ Então quer dizer que vocês me traíram?
_ Pense o que você quiser Roni. Nada disto vai mudar as coisas hoje.
_ Será que não, Helena?!? Téo sabe que Julinha é filha dele?
Fiz-me de indignada. Eu sabia desde o momento que ele chegou que ele sabia, mas eu vou negar até o fim.
_ O que?!? Que absurdo é este?
_ Quer dizer que ele não sabe, então?
_ Não sei aonde você quer chegar com estas acusações? Que diferença isto faz?
_ Faz muita diferença e você sabe bem que faz!!! Não se faça de desentendida. Você sabe muito bem o que houve entre Henrique e Julinha, e isto só poderia acontecer se eles não fossem irmãos de fato.
_ De fato eles não são irmãos, são meio irmãos.
_ Mesmo assim! Mesmo sendo meio irmãos, eles não teriam se apaixonado. Porque você escondeu que Julinha é filha do Téo todos estes anos, Helena?
_ Você não tem direito de me acusar assim. Por acaso você foi perguntar para a Juju se Henrique é de fato filho seu? Afinal, ela saia com tanta gente quando vocês namoravam.
_ Você sabe muito bem que ela está doente. E demais a mais se Henrique não fosse de fato meu filho; ela teria usado deste artifício para eu não ganhar a guarda.
Eu não tinha como argumentar contra isto.
_ De fato. Então você achou mais fácil vir aqui me acusar?
_ Não Helena. Eu vim aqui saber a verdade, esclarecer os fatos. Saber por que você escondeu isto de todos, todos estes anos.
_ Você não pode me acusar assim. Você não tem prova alguma.
_ O que não vai ser difícil de conseguir. Basta eu fazer um exame de DNA com a Julinha, ou melhor o Téo, ela e eu.
_ Você não teria coragem?!?
_ Você duvida?
Eu sabia que Roni tomaria esta atitude, então só me restou confessar.
_ Você tem razão. Téo e eu tivemos um caso e Julinha é filha dele.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Capitulo 15 – O Segredo Revelado - Parte I

Três dias depois Julinha e Téo partiram para Paris. E eu me senti bem mais tranqüila e segura.
Mas, eu estava longe de imaginar que meus problemas estavam só começando...
Do outro lado da cidade, Gabriela recebia o correio e para sua felicidade uma carta do Henrique. Roni lia tranqüilamente sua revista, quando... _ Roni, nós recebemos uma carta do Rick hoje. Você quer ler.
_ Não obrigada!
_ Roni você ouviu o que eu disse?
Mas Roni não se abalou nem um pouco, continuo lendo sua revista tranquilamente.
_ Gabi, eu não tenho tempo para esta conversa agora. Eu estou muito ocupado.
_ Ocupado?!? Roni Toyonaga, eu estou falando contigo e não aceito ser ignorada assim!
Então Roni passou a dar atenção a Gabi.
_ Ok, Gabi! Qual o problema?
Este comentário irritou ainda mais a Gabriela.
_ Qual o problema?!? Eu nunca imaginei que você pudesse ser tão turrão e cabeça dura. Faz dois meses que seu filho saiu de casa e até o momento você não se interessou nenhuma vez em ter noticias dele.
Mas, Roni não se abalou nem um pouco com a explosão da Gabriela.
_ Eu não tenho mais filho. E sinceramente não estou a fim de discutir isto ou nenhum outro assunto relacionado a isto agora.
_ Como!?! Não pensa que o senhor vai se safar assim fácil não. Você tem um filho sim, e você não pode ficar ignorando-o assim. Afinal ele só tem você na vida. E você está sendo muito mesquinho nesta história.
Então Roni se alterou também.
_ Eu mesquinho?!? Você espera que eu faça o que, que eu perdoe aquele moleque por seduzir a própria irmã?!? Não vou perdoar isto nunca.
_ E pensar Roni que eu achava que quando a poeira baixasse você fosse conseguir pensar de forma mais racional.
_ Eu estou sendo racional Gabriela. Eu vi com meus próprios olhos, que a terra há de comer. Eu vi o Henrique agarrando a irmã.
_ Eu sei o que você viu, mas você já parou para pensar o quão absurdo é esta situação?
_ Absurda é esta discussão, isto sim!
_ Roni me escute com calma um momento. Desde que isto aconteceu, eu andei pensando. Como Julinha e Rick poderiam se apaixonar se eles eram irmãos?
_ Não estou entendendo onde você quer chegar?
_ Eu acho que eles não são irmãos.
_ Como?!?
_ Pensa Roni! No mundo sim, irmãos não podem se apaixonar; nem mesmo meio-irmãos. Se você fosse pai verdadeiro de ambos isto nunca teria acontecido.
_ É, isto tem lógica sim! Você quer dizer que o Rick não é meu filho?
_ Roni as vezes sua lerdeza me incomoda!!! Não, o Rick é seu filho sim. Eu acho que Julinha não é. Acho que Julinha é filha da Helena com o Téo.
_ O que?!? Você está viajando Gabi. A Julinha nunca poderia ser filha do Téo.
_ Como você pode ter tanta certeza?!? Eu tenho quase que certeza que Julinha é filha do Téo.
_ E de onde você tirou isto?
_ Da onde? Quando eu conheci o Téo em NY, ele era apaixonado pela Helena. Foi por isto que ele me abandonou.
_ Ele poderia até ter sido apaixonado pela Helena, mas ela não o suportava na época. Esta tua teoria esta furada, mas poder ser que o Rick não seja meu filho, afinal o Juju era atriz nesta época vivia saindo com diretores, atores, você sabe como é este mundo...
_ CHEGA!!! Quanta besteira você está falando. Então você acha mais fácil a Juju ter te traído do que a Helena, que por sinal é casada com o Téo hoje.
_ Exato!!!
Gabriela ficou mais irada ainda.
_ Primeiro, se o Henrique não fosse seu filho. A Juju não estaria em um sanatório agora. Na época da briga pela custódia dele era só fazer um exame de DNA provar que ele não era seu filho e ele estaria com ela até hoje.
_ Isto tem lógica. Tenho que concordar contigo!
_ Por outro lado temos a Helena. Que é casada com o Téo hoje, o que nos leva a crer que eles tiveram um romance no passado e que Julinha é filha dele e não sua.
_ Absurdo a Helena não suportava o Téo!!! Acho que você tem lido muito romance. Vamos parar esta discussão não nos está levando a lugar nenhum.
_ Roni, eu quero que você esclareça esta história com a Helena.
_ Eu nem vou perder meu tempo. Isto é muito surreal.
Gabriela voltou a se zangar.
_ Faça como você quiser, mas enquanto você não esclarecer esta história com ela você não dorme na mesma cama que eu. Fique no quarto do Rick.
_ Que absurdo é este Gabi?!?
_ Enquanto você não conversar com a Helena nós não dormimos mais juntos e se até o Natal esta história não estiver esclarecida; eu acho...
_ Você acha o que?!?
_ Eu acho que vai ser difícil nós continuarmos casados.
_ Você está me chantageando?
_ Depende do ponto de vista.
Gabriela ficou firme na sua decisão. E Roni não teve outra saída a não ser refletir sobre o assunto.